O Grêmio está vendendo Vanderson para o Brentford por 11 milhões de euros. O que fica para o clube é 70%, o que representa aproximadamente R$ 45 milhões ao cofre do clube.
Tem sido assim nos últimos anos do Grêmio. Muitas vendas de atletas formados na base, nas quais o presidente Romildo Bolzan construiu uma fortaleza para receber os jovens e formá-los como jogadores.
Só que depois de vender, o clube contrata jogadores caros e a resposta é, quase sempre, negativa. É como se rasgasse o dinheiro destas vendas importantes.
Saem bons jogadores, entra muito dinheiro e a reposição não acontece com a grandeza necessária. É preciso melhor neste quesito. Daí a necessidade de colocar no futebol alguém que conheça bem o mercado.
VICE DE FUTEBOL
Aconteceu o que já era previsto. Dênis Abrahão continua como vice presidente de futebol. Acho um cara talentoso, mas para ter sucesso precisa encaminhar soluções.
Ficar com Vagner Mancini é um problema. Por melhor reputação que Dênis dê a ele, foi com este profissional que o Grêmio caiu para a Série B. Teve 14 rodadas e não conseguiu tirar o time do Z-4.
Por mais que se diga que não tem culpa, a continuidade leva a uma grande desconfiança. Na primeira crise já dá problema. Dênis precisará de um executivo de futebol que conheça o mercado, que consiga trazer jogadores de qualidade com preço que o clube pode pagar.
Precisa dispensar em torno de 15 atletas, dos 30 que lá estão. Nem ele nem Sérgio Vasques, seu diretor, estavam no mercado. Eles conhecem futebol, mas estavam nas suas empresas e sem contato mais direto com jogadores. O Grêmio terá de ter muito mais qualidade do que teve gastando um terço do que investia. Não deixa de ser um gigantesco desafio.