O mestre Abel Braga desembarcou no Inter ano passado e colocou, com simplicidade, um time com quatro zagueiros, quatro meio-campistas e dois atacantes, buscando neles suas maiores especialidades. Deu certo, e não ganhou o Brasileirão por detalhe.
Aí veio Miguel Ángel Ramírez e suas invenções no modelo e na posição dos jogadores. Um desastre completo. Veio então Diego Aguirre, que trouxe algumas invenções. Também foi mal. No Gre-Nal, ele colocou uma escalação simplificada, cada um no seu lugar, e o Inter voltou a jogar bem. Lamentou, com razão, não ter vencido o Grêmio.
O futebol colorado fluiu, Yuri Alberto no seu lugar infernizou Kannemann e Geromel, e só não deu a vitória ao Inter porque parou no goleiro Gabriel Chapecó. Esta é só mais uma demonstração de que o Inter tem jogadores para fazer um time muito bom, bastando que o treinador coloque cada um no seu lugar, sem invenções.
Claro que o acúmulo de jogos levará à necessidade de troca de nomes. O que deve permanecer é a maneira tática, ou modelo, trocando nomes mas preservando funções. Jogando assim, o time colorado tem tudo para jogar bem.