O mau primeiro tempo do Grêmio no Gre-Nal se deu por um erro monumental do seu treinador. Não tendo Thiago Santos, o normal seria que ele colocasse em campo Lucas Silva, mexendo o mínimo possível naquilo que vinha dando certo e que se constituía no seu maior acerto, que foi fortalecer o meio-campo.
Mas Tiago Nunes inventou. Tirou o jovem Darlan, que vinha jogando muito bem, e colocou Maicon. O setor ficou pesado, lento, e o Inter se aproveitou disso para jogar melhor e sair na frente.
Só que a vitória deste primeiro tempo de ampla facilidade colorada foi com escore mínimo. Poderia ser mais se estivessem em campo Yuri Alberto e Caio Vidal. Este último, quando entrou, mesmo com o time já não tendo a mesma qualidade no segundo tempo, criou três situações muito claras. Darlan, que também entrou no segundo tempo, melhorou significativamente o time gremista.
Nenhum dos treinadores teve contribuições de qualidade para seus times. Devem repensar conceitos, rever a qualidade das peças e propor alguma coisa melhor para o segundo Gre-Nal.
Tiago Nunes desmanchou com os pés o que fez com as mãos na escalação inicial. Já Miguel Ángel Ramírez precisa entender que um time fica mais forte quando o treinador escala os jogadores melhores, os que podem decidir.
Não gostei nem de um, nem de outro — Tiago ganhou muito mais pela capacidade individual de jogadores que conseguem cabecear magistralmente bem. Espero muito mais deles no segundo clássico, domingo que vem.
