São quatro anos de Renato Portaluppi no Grêmio. Durante todo este tempo, ele jogou com o mesmo esquema, o mesmo modelo. Teve momentos gloriosos, chegou a encantar o Brasil, colecionou títulos para um clube que passara 15 anos sem ganhar nada relevante.
Em todo este tempo, ele buscou um centroavante e até teve respostas razoáveis. Foi assim com Bolaños, que nem é da posição; com Luan, que foi adiantado e muito bem em combinação com Douglas; teve Barrios, que foi mais ou menos; teve Jael, que demonstrou espírito de luta, mas pouca bola; teve Tardelli, que custou uma fábula de dinheiro, mas nunca respondeu; teve André, que também ganhou muito e jogou pouco. Alguns deles já saíram do clube através de rescisão contratual, mas deixando uma conta muito grande para pagar.
Até que veio Diego Souza — e muita gente torceu o nariz. Junto com ele, Thiago Neves, para que as pessoas tivessem ainda mais desconfiança. Thiago ainda não conseguiu jogar. Só que Diego é goleador do Gauchão, abriu o Brasileirão marcando, fez gol e assistência nos Gre-Nais.
Diego consegue ser o que Renato idealizou durante os quatro anos em que está no Grêmio. O treinador viu seus dirigentes gastarem fortunas impressionantes trazendo dezenas de jogadores desta posição, e finalmente tem no veterano Diego Souza a solução de todos os problemas. Ele é técnico, finalizador, cabeceador e tem colocação sempre perto da zona de definição. Consegue jogar fora e dentro da área. Faz jogada de pivô quando alguém se aproxima dele.
Claro que é um jogador já lento, que precisa da bola sempre perto. Poucos apostavam em Diego Souza, mas ele, por preço muito menor do que o Grêmio já andou pagando, tem sido a solução. Os gremistas rezam para que continue assim.