Será que Eduardo Coudet tinha no Racing um time melhor do que este que o Inter lhe deu para trabalhar? Será que as condições de trabalho no seu antigo clube chegavam perto daquilo que o Colorado proporciona aos seus profissionais?
Quando Coudet reclama que não tem na mão o Manchester City e que o grupo é "curto", ou seja, pequeno, ele quer deixar claro a todos que não poderá fazer muito com os jogadores que têm à disposição. Parece não querer responder por problemas do time em relação ao seu trabalho.
Por mais incomodado que estivesse na entrevista depois da derrota para o Fluminense, acho que ele não foi bem. Um grande treinador, quando contratado, faz a equipe jogar bem. Temos momentos de qualidade no Inter. Mas contra o Fluminense, foi muito mal.
Dupla desfeita
Ao trazer um modelo pré-concebido para trabalhar no Inter, Coudet destruiu uma dupla de zagueiros que foi notável no ano passado. Tudo porque Moledo não sabe sair jogando. Mas, assim, as bolas altas entram com muita facilidade na área colorada. Ou seja, perdeu aquela fortaleza defensiva que caracterizava o time.
Ele pediu laterais apoiadores. Saravia começa a dar boa resposta, mas Moisés se debate com sua técnica limitada. Em todos os jogos, o treinador também dá um jeito de colocar em campo seu amigo e conselheiro Musto, mesmo que jogue muito pouco.
Achei ruim a declaração do treinador. Ele sabe que a pandemia enfraqueceu financeiramente os clubes e que não existe dinheiro para gastar.
Recuperação
O Inter contratou um zagueiro que lembra Bruno Fuchs, que está de saída, e Coudet escalou um volante de zagueiro no Maracanã. Moledo foi torrado pelo treinador. Ficar incomodado com a imprensa, sem deixar os repórteres terminarem suas perguntas, poderá ser uma constante se a coisa não andar bem.
Coudet que trate de aproveitar o jogo de amanhã, contra o Atlético-GO, para se recuperar no resultado e na forma de jogar. Como diz minha vó, bolo se faz quando se tem farinha.