Não estou entre aqueles que acham que os clubes de futebol devem ficam isentos de impostos. Pelo contrário, clubes que chegam a pagar R$ 1 milhão por mês para ter um jogador ou treinador precisam pagar os impostos relativos a estas cifras grandiosas. Só que o momento é diferenciado.
A crise que estamos vivendo pode levar clubes, assim como empresas, à falência. Por isso que apoio o projeto do deputado baiano Arthur Maia, que prevê o congelamento do pagamento do Profut por 12 meses e, ainda, a reversão do dinheiro resultante de loterias para os clubes até que sejam minorados os prejuízos da crise.
E por que tenho esta interpretação? Fácil de responder. São os clubes que nos colocam nos estádios todas as quartas e domingos. São os clubes que contratam os jogadores que admiramos, que nos entregam a alegria do futebol. Eles não podem quebrar.
Mais do que isso, eles precisam de saúde financeira para fazer investimentos importantes. Não loucuras. Penso em investimentos na formação de jogadores, cujos resultados costumam ser melhores.
Ainda não sabemos avaliar o tamanho do buraco que vai ficar. O que sabemos é que, de um jeito ou de outro, será um buraco grande. Tudo o que pudermos fazer neste momento para amenizar a crise dos clubes será muito importante.