Não foram poucos os torcedores gremistas que se irritaram com a atitude do técnico Tite, que retirou Everton no intervalo do jogo da Seleção Brasileira contra a Argentina. Verdade que ele não fez um bom primeiro tempo, mas vinha se constituindo na grande sensação desta Seleção na Copa América.
Por que, então, sacrificar o jogador que foi o melhor dos outros jogos? Vamos às razões do treinador:
1) Ele queria mudar o jogo para melhor.
2) Não poderia tirar Gabriel Jesus, que tinha marcado um gol
3) Tirar Roberto Firmino seria ficar sem a figura do centroavante
4) Everton foi pouco acionado no primeiro tempo
5) Everton não saiu da ponta, onde recebia forte marcação, e foi facilmente marcado pelos argentinos
Tite admite que errou na Copa da Rússia ao não trocar Gabriel Jesus por Firmino. Ele sabia que, se perdesse o jogo, perderia o emprego. Não quis arriscar com um jogador que não estava bem.
A entrada de Willian não modificou muito o ataque da Seleção Brasileira, já que este jogador foi apenas razoável. O que mais me chama a atenção é como os outros jogadores não passam a bola para Everton. Confesso que fiquei com a suspeita de ciuminho dos outros.
O jogo se desenvolveu muito mais pelo lado direito. Verdade que Everton ficou preso na ponta, de lá não saiu nunca. Gabriel Jesus, por exemplo, saiu da ponta e foi para o meio. No primeiro tempo, marcou um gol e, no segundo, fez a grande jogada para o gol de Firmino.
Avalio, no entanto, como discutível esta mudança feita pelo treinador. Penso que tirar o melhor atacante da competição no intervalo não é bom nem para o jogador, nem para o grupo.