Começa o Gauchão. São 100 anos de competição, mostrando nossa história, nosso jeito, nossa cultura. GaúchaZH já contou muita coisa sobre a trajetória desta grande competição. Sim, ela já foi mais importante, representava muito mais. Só que os tempos mudam, e nossos clubes cresceram. Grêmio e Inter ganharam o Brasil, a América e o Mundo. Com isso, o Gauchão deu uma encolhida, sem perder, no entanto, sua familiaridade com todos nós.
Não falta quem o desvalorize. Neste mundo, sempre tem gente querendo depreciar o que acontece. Esquecem que o Gauchão emprega centenas de profissionais, projeta clubes, jogadores, comunidades. As pessoas que vivem no Interior valorizam os jogos, acompanham seus times, mesmo que pouca gente vá aos estádios.
Como jornalista esportivo, narrador de jogos do nosso campeonato há 45 anos, teria muita coisa para contar. A maioria boas, lembranças importantes e agradáveis. Viagens inesquecíveis. Adoro ir ao Interior, conviver com as pessoas que me ouvem, me assistem e me leem. Gente que faz o meu mercado, como também o mercado dos nossos clubes. Sendo assim, vamos para a grande competição. Estarei em Novo Hamburgo para assistir e narrar a estreia do Grêmio.
NÃO SERÁ FÁCIL – Tenho poucas informações dos times do interior do Estado. A partir deste domingo, vamos começar a entender o que o Interior pode nos apresentar. Não acredito em muita facilidade para a dupla Gre-Nal. Fora da Capital também se tem bons treinadores, a preparação física cresceu muito, tanto pelos profissionais como pela tecnologia, e até jogadores com qualidade, que encontram no Gauchão sua vitrine.
Espero o surgimento de craques, de bons árbitros e muita disciplina. Em campo e fora dele. Convido a todos para que possamos fazer uma grande festa em um campeonato raiz, com nossa gente e nossa cultura.