Não foi o tribunal da Conmebol que eliminou o Grêmio. Não existe fato histórico, ou antecedente, em que um resultado de campo tenha sido mudado por um treinador. O regulamento fala em troca de resultado e em "fato grave". Para que isso não ficasse caracterizado pelos julgadores, não teve punição para o River Plate. E Gallardo recebeu uma punição branda, de três jogos, que é muito menos do que a baderna feita por ele na Arena. São espertos, muito espertos.
O que seria fato grave? Pois é, depende de avaliações pessoais. Ou alguém acha que eles perderiam a chance de ter uma final histórica da Libertadores entre Boca e River? Quem eliminou o Grêmio da competição, dentro do campo, no qual se decide tudo no futebol, foi o VAR.
Eles viram, e bem, o pênalti do Bressan e marcaram. Convertido, ele significou a classificação. Mas não viu a "mano de Dios número dois" do atacante Borré, marcando um gol irregular.
Conclusão: nos últimos dois anos, este famigerado VAR, que muita gente elogia entendendo que vai resolver as questões polêmicas do futebol, mudou dois dos quatro finalistas. Ou esqueceram que no ano passado, por motivos semelhantes, o River foi arrancado da final?
Mais um vexame incrível do recurso tecnológico que não estava muito comentado porque o Grêmio tentava exercer seu direito pelas travessuras de Marcelo Gallardo.
Patrocinadores
Quando o VAR não acusou um pênalti claro sobre Jael, no ano passado, a direção do Grêmio trabalhou junto aos patrocinadores da Conmebol. Desconfiava da desonestidade da entidade. Tudo ficou resolvido no primeiro tempo, em Lanús, com uma atuação de luxo. Neste episódio de reclamação, foram os torcedores gremistas que inundaram as redes sociais dos patrocinadores da entidade, pregando credibilidade. Não acho boas atitudes políticas. Ou será que esta decisão de conservar o River na Libertadores não tem a ver com isto?
Marcelo Medeiros, quando foi eleito no Inter, tratou logo de conversar com a CBF, e com ela manter boa relação. Confesso que não sei qual a melhor atitude a ser tomada. Mas desconfio que politicamente o enfrentamento pode ser desastroso para o clube. E notem que nenhum clube foi solidário ao Grêmio. Como sempre, que cada se vire do jeito que der. Clubes unidos nunca. Quero lembrar que patrocinadores é que pagam a conta o que reflete muito forte nas entidades.