Renato Portaluppi se reinventou diante das dificuldades de escalação. E se deu muito bem. Mostrou, uma vez mais, o grande treinador que é. Impediu o River Plate de atacar, oferecendo a bola, mas não o campo. Os argentinos tiveram posse de bola, mas foi o Grêmio que saiu com a vitória.
Eram quatro defensores, quatro volantes e dois atacantes que também tinham de marcar severamente quando a equipe era atacada. Uma bola chegava para construir a vitória. A estratégia determinou as jogadas aéreas, de qualquer distância. E foi desta maneira o time ganhou o jogo. Escanteio e cabeceio certeiro de Michel. Tudo como foi planejado no vestiário. Uma estratégia perfeita que beirou à perfeição. Uma noite de Renato. Poucas vezes se viu um treinador estabelecer, sobre um grande adversário, uma vantagem tão explícita.
A fase de Renato é mesmo iluminada. Mesmo com muitos problemas, tirou um belo coelho da cartola. Ao escalar Michel, que vinha de uma série de lesões, o técnico gremista acertou em cheio. O volante, ainda que sem o melhor ritmo, teve grande presença na partida: marcou com precisão e força e ainda teve coragem de chegar à frente. Deu uma bela cabeçada e deu a vitória e a vantagem para o Grêmio jogar com tranquilidade no jogo de volta.
Michel se credencia para virar titular de Renato. É um jogador de fôlego e pegada, o que estava faltando no meio-campo desde a saída de Jailson.