André era o grande destaque técnico no Sport Recife. Tanto que, quando o Grêmio quis contratá-lo, a direção do clube pernambucano ficou irritada e não facilitou as conversas. Foi uma longa negociação.
O jogador recebeu uma boa proposta da direção gremista — algo em torno de R$ 400 mil por mês e contrato de três anos — e queria vir para Porto Alegre. O Sport, tentava valorizar seu jogador, que chegou a abandonar os treinamentos para forçar sua saída.
O Grêmio acabou pagando cerca de R$ 10 milhões para os pernambucanos, valor considerado alto para os padrões brasileiros. O que se imaginava é que o problema da falta do fazedor de gols estava resolvido. Engano. André não consegue jogar no Grêmio. Claro que deve ter razões pessoais, mas o time não o ajuda.
Para um centroavante ter rendimento, é necessário que a bola chegue em boas condições. Neste momento, Maicon não consegue completar uma partida inteira, Ramiro murchou e está longe do atleta combativo de outros tempos, Luan não tem conseguido jogar e Cícero ou Jailson, estão distantes de Arthur.
Diante deste quadro de decadência técnica, quem sofre são os atacantes. O jogador que encontra soluções nesta realidade é Everton, que tem sido a salvação. Pelo lado, com sua velocidade, consegue lances espetaculares, marca gols e é o cara deste time.
No meio-campo, fortemente marcado pelos zagueiros e volantes adversários, André não consegue se sobressair. Se a equipe melhorar na sua estrutura de produção de jogadas ofensivas, a tendência é que o rendimento do jogador melhore.