Era de se esperar que algumas negociações dadas por encerradas voltariam a estar em pauta. A primeira, ainda sem conclusão definitiva, é a do uruguaio Gonzalo Carneiro. Ele faz um tratamento intensivo em sua lesão no púbis, vislumbrando a possibilidade de jogar no Grêmio. Como a direção foi a Montevidéu para o jogo contra o Defensor pela Libertadores, as conversas foram facilitadas e ficaram mais intensas.
Nesta quinta-feira (01), veio a reviravolta de Recife. Mesmo que tenha voltado aos treinamentos, André perdeu a naturalidade para jogar no Sport e não conta mais com o apoio do torcedor.
Aquele recuo estratégico da direção gremista obrigou os pernambucanos a mudarem de postura na negociação. O Sport reabriu as conversas com o Grêmio. Não sei como tudo vai terminar, mas parece que finalmente o Tricolor encontrou o sonhado centroavante.
Os negócios são assim, repletos de nuances, de idas e de vindas. Agora, todo mundo deve sair ganhando pelas leis naturais e informais do futebol.
Se confirmadas, a chegada dos atacantes resolverá de vez o principal pepino enfrentado pelos dirigentes nesta temporada: a contratação do fazedor de gols. O problema é que o recuo estratégico feito em ambas as negociações, que considero correto do ponto de vista financeiro, deixou o time na mão para a primeira fase da Libertadores.
Verdade que o Grupo 1 não tem nenhum bicho papão, mas a improvisação de Cícero está diminuindo o poder ofensivo do ataque. Passou da hora de Renato Portaluppi reconsiderar a escalação de um camisa 9 de ofício. Hernane e Jael são os melhores centroavantes que já passaram pela Arena? Não. Mas pelo menos são treinados para marcarem gols, coisa que está difícil em 2018.