Segundo alguns treinadores que estavam em um curso promovido pela CBF, a irritação de Guto Ferreira por ter sido demitido, da forma que foi, é grande. Ele revelou que vai entrar na Justiça do Trabalho para receber o prêmio de R$ 1 milhão por ter colocado o Inter na Série A. Alega que, quando foi mandado embora, seu time estava com 64 pontos, e que o Londrina, 5° colocado, terminou o campeonato com 62.
Outra questão a ser julgada é que, em caso de acesso, ele teria renovação de contrato automática. Assim, entende que merece 12 meses de salário e o décimo terceiro. Tudo isso gira em torno de R$ 5 milhões.
Fiquei sabendo que, no seu contrato, havia uma cláusula de rescisão em que o clube se obrigava a pagar três salários para ele e para a comissão técnica. Foi oferecido o parcelamento em 24 vezes, o que teria o irritado ainda mais.
Ele entregou o assunto ao seu advogado e foi cuidar da sua vida. Na última terça-feira (26), foi anunciado pelo Bahia. Outra que fiquei sabendo: a multa paga ao time baiano, após a demissão de Zago, foi de R$ 650 mil.
Não consigo entender a verdadeira paixão dos dirigentes colorados por Guto Ferreira. Estamos falando de um profissional que passou a maior parte da carreira em clubes menores. Não me recordo de nenhum título importante que conquistou ou de um grande trabalho que tenha feito.
Pagar a multa rescisória, oferecer um bom salário, prometer um prêmio para a iminente classificação para a Série A e ainda assegurar a renovação automática por um ano me faz pensar que o contratado era Tite. Mas era apenas Guto Ferreira, que não chegou a fazer um bom trabalho, mas se acha no direito de cobrar todas essas vantagens. Está no seu legítimo direito.
Azar do clube que o contratou. Gosto de quase tudo que os dirigentes do Inter estão fazendo, mas nesta situação, houve um exagero.