O polêmico muro que a prefeitura ergueu para fechar o café da Praça Otávio Rocha, no Centro Histórico, não bastou para conter as invasões e o vandalismo no local. A medida mais recente foi soldar as portas laterais do pequeno prédio, construído na década de 1930 e protegido como patrimônio do município.
No interior do antigo café, o cenário era de devastação até sexta-feira passada (30): fiação furtada, paredes depredadas e cheiro insuportável de dejetos. Antes de soldar as portas, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smams) providenciou uma limpeza no local.
Segundo a pasta, problemas com invasões, sujeira e furtos vêm se repetindo desde julho – o que motivou a construção da parede temporária e, depois, a solda das portas. O imóvel está abandonado desde abril, quando o último permissionário foi despejado por inadimplência. A Smams afirma que um edital para uma nova parceria está sendo elaborado.
Inaugurado em 2013, com paredes de vidro e mesas do lado de fora, o charmoso café surgiu como principal atração da recém-restaurada Praça Otávio Rocha, protegida como patrimônio do município.
A intenção da prefeitura era devolver às pessoas o uso da área verde – situada no encontro da Avenida Otávio Rocha com a Rua Doutor Flores, no centro de Porto Alegre –, que atravessou décadas padecendo com violência, tráfico de drogas e prostituição.