O negócio é ambicioso: com mais de 200 câmeras de vigilância, rede wi-fi de ponta a ponta, intervenções radicais no paisagismo e atrações para atrair turismo internacional, o projeto de revitalização do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, o Harmonia, será entregue à prefeitura de Porto Alegre em 10 dias.
Quem toca o estudo é um consórcio formado por três empresas – TGS Eventos, CincoBras e Ecoreal – já interessadas em assumir a administração do parque. É com base nesse plano que a prefeitura lançará um edital, até o fim do ano, para conceder a gestão do Maurício Sirotsky Sobrinho ao grupo que vencer a licitação.
Embora o governo municipal tenha previsto pelo menos R$ 20 milhões em investimentos privados, esse valor pode ultrapassar os R$ 100 milhões ao longo de oito anos – ao menos essa é a expectativa do consórcio que elabora o estudo.
– O parque vai estar aberto o tempo todo, mas, quanto mais ele for dando certo, mais investimentos podem ir ocorrendo – diz o arquiteto Alan Furlan, coordenador do projeto.
Para garantir um movimento frequente no local – além de uma integração com a orla do Guaíba –, a ideia é abrir mais 20 portões de entrada no parque, que já é cercado. Com as duas centenas de câmeras lá dentro, o consórcio pretende transformar o Harmonia na área verde mais segura da Capital. E também em uma das mais bonitas.
– Vamos revisar metro quadrado por metro quadrado: vegetação, drenagem, pavimentação, tudo vai ser trabalhado – adianta Alan.
Quanto as atrações em si, o consórcio ainda não revela tudo, embora se saiba que o parque será focado na cultura gaúcha. Serão 17 "equipamentos âncoras" distribuídos na área, envolvendo entretenimento, gastronomia, comércio e cultura.
Haverá uma arena multiuso, onde ocorrerão os rodeios de Porto Alegre, além de apresentações artísticas. Um museu deve ser anexado à Casa do Gaúcho e, no meio do Harmonia, uma rua repleta de lojas vai atravessar o parque. As atrações mais, digamos, espetaculares, por enquanto são segredo.