Pelo menos três grupos de investidores já demonstram interesse em administrar o Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, primeira área verde de Porto Alegre que será concedida à iniciativa privada.
Se não houver grandes atrasos, o vencedor da licitação deve assumir o parque no início do próximo ano – a empresa será responsável por transformar a área em um imenso espaço de celebração da cultura gaúcha. Churrascarias, lojas temáticas, museu, parque de diversões, escola de equitação, tudo isso está entre as possibilidades para o local, que hoje só recebe movimento durante o Acampamento Farroupilha.
Já faz duas semanas que a TGS Eventos, contratada pela prefeitura, trabalha nos estudos que vão embasar o edital, previsto para ser lançado até outubro. Em troca do investimento nas atrações de lazer, cultura e gastronomia, quem vencer a licitação poderá faturar com o consumo dos frequentadores. Mas o governo Marchezan garante o caráter público da área: ninguém será proibido de entrar ou transitar no parque, também conhecido como Harmonia.
– Nossa expectativa é de que, dentro de dois meses, tenhamos uma proposta pronta para lançar uma consulta pública, no site da prefeitura. A sociedade vai poder sugerir, criticar e propor mudanças no projeto – diz o secretário de Parcerias Estratégicas, Thiago Ribeiro.
Embora tenha quase o dobro do tamanho da Redenção, o parque de 65 hectares hoje é uma espécie de vazio urbano. Fica perto do Centro Histórico, da revitalizada orla do Guaíba, da Câmara de Vereadores e do Tribunal de Justiça, mas só recebe um número expressivo de pessoas no mês de setembro.
Como o local carrega forte identificação com o tradicionalismo, a ideia é mantê-lo como referência nessa área o ano todo, o que faria do Maurício Sirotsky Sobrinho o primeiro parque turístico de Porto Alegre. Uma das condições para os futuros administradores do espaço, aliás, é qualificar a precária infraestrutura do Acampamento Farroupilha.