Para tirar da clandestinidade milhares de vendedores ambulantes que transitam no Centro Histórico, uma comissão de vereadores propôs à prefeitura a instalação de feiras com estandes para que eles ocupem ao longo das avenidas.
– Eles têm seus produtos apreendidos mesmo com nota, só porque não conseguem lugar para trabalhar – diz a vereadora Fernanda Melchionna (PSOL), que criou a comissão.
Depois da legislação que restringiu os ambulantes no quadrilátero central – limitado pelas vias Doutor Flores, Riachuelo, Caldas Júnior e Mauá –, sobraram cerca de 700 ambulantes com licença para atuar. Estima-se que outros 4,5 mil trabalhem ilegalmente.
A venda em local proibido é, de fato, um dos motivos para a apreensão de produtos. Diretor de Promoção Econômica da prefeitura, Luis Antônio Steglich diz que os ambulantes podem protocolar pedidos de recuperação do material apreendido com procedência comprovada. Mas o número de produtos confiscados sem procedência, segundo ele, passa de 70 mil só neste ano.
– Todas as propostas que recebemos são apreciadas, mas chegam muitas reclamações dizendo que a presença (no quadrilátero central) deles atrapalha a caminhada, o fluxo de veículos, as ambulâncias e as cadeiras de rodas – diz Steglich, garantindo que vai debater a situação com os vereadores.