Com o palco abandonado há três anos, desde que o alvará de proteção contra incêndios venceu, o Anfiteatro Pôr do Sol ainda reúne multidões em shows à beira do Guaíba. Mas só porque o espaço comporta bastante gente – o palco em si, todo degradado, pichado, refúgio frequente de moradores de rua, nunca mais recebeu artistas.
Nos últimos meses, músicos como Frejat e o americano Tom Morello se apresentaram em palcos provisórios, erguidos em frente à estrutura fixa. Os próximos três eventos no local, previstos para dezembro, também vão contar com o mesmo tipo de puxadinho.
"Para a reforma do espaço, é necessário investir em torno de R$ 200 mil e não há orçamento previsto", informou em nota a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. A ideia da prefeitura é conceder o anfiteatro à iniciativa privada, que poderia explorá-lo comercialmente em troca de sua manutenção – para isso, é preciso que a Câmara de Vereadores aprove um projeto encaminhado pelo Executivo na semana passada.
Com capacidade para 50 mil pessoas, o Anfiteatro Pôr do Sol foi inaugurado em maio de 2000. Nunca foi bonito, mas também nunca tinha chegado a esse ponto.