Depois de repetir em todas as entrevistas que a cidade só avança se a Câmara aprovar o pacote de recuperação financeira, o governo Marchezan abriu uma nova frente para pressionar vereadores: as assembleias do Orçamento Participativo.
Havia mais de 600 pessoas – maior plateia entre as 15 reuniões que ocorreram até agora – no encontro de terça-feira (24), no bairro Belém Novo, extremo sul da Capital. O sucesso de público devia-se às numerosas deficiências da região, onde serviços básicos, como pavimentação de vias e limpeza de valos, são demandas históricas.
Ao mencionar o estado de penúria do município, o secretário-adjunto de Relações Institucionais, Carlos Sigle, disse que "a única solução possível" seria a aprovação dos projetos e pediu que a comunidade "conversasse com seus vereadores".
– Mais da metade da receita é gasta com pagamento de pessoal – repetiu Siegle, enquanto os presentes erguiam faixas com dizeres como "chega de barro" e "sem saneamento, sem voto".