Tá, e agora? Em todas as entrevistas que concedeu, o prefeito Marchezan dizia não ter plano B: ou a Câmara de Vereadores aprovava seu pacote de recuperação fiscal, ou a prefeitura voltaria a falhar em serviços básicos, como capina, coleta de lixo e buracos de rua.
Pois o parlamento chega ao recesso de julho sem dar muita esperança ao governo. Reprovou na semana passada a alteração no estatuto dos servidores e, ao que tudo indica, na volta das férias, não deve aprovar a revisão do IPTU – o que é uma pena, porque o projeto é justo.
Estaremos, assim, condenados ao abandono até 2020? Espera-se que não. O secretário da Fazenda, Leonardo Busatto, já pediu uma reunião com o prefeito para apresentar alternativas que, nos últimos dias, vêm sendo avaliadas por sua equipe.
– De fato, não tínhamos um plano B porque trabalhávamos exclusivamente com a aprovação dos projetos. Não quer dizer que, agora, não sejamos obrigados a bolar um – disse à coluna um assessor do alto escalão.
O déficit da prefeitura terá neste mês o primeiro grande impacto depois das discussões na Câmara: oito meses após o último parcelamento, o salário dos servidores voltará a ser pago em pedaços. É apenas um dos fatores que obriga Marchezan a responder logo à seguinte pergunta: enfim, prefeito, qual vai ser o plano B?