A polêmica construção de seis prédios – e não cinco, como a coluna informou na semana passada – do Corpo de Bombeiros no terreno do Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete) vai se concentrar onde hoje funciona o estacionamento do complexo.
Com as novas edificações, não haverá mais vagas para os frequentadores estacionarem. E o atual portão de acesso dos usuários passará a ser controlado pelos bombeiros – o público em geral vai usar uma entrada lateral, atualmente desativada, na Rua Saldanha Marinho.
Desde que o projeto foi anunciado, a Associação de Moradores e Amigos do Menino Deus, bairro onde o Cete se localiza, tem se posicionado contra a obra. Além de possíveis restrições ao acesso da comunidade – hipótese descartada pelos bombeiros –, frequentadores temem que o ambiente do centro de treinamento, hoje sossegado e quase bucólico, se descaracterize.
Na área do estacionamento atual, serão construídos o edifício do Comando-Geral, com cinco andares, e uma torre para treinos de salvamento em altura, com 30 metros – o que equivale a 10 pavimentos. Ali também ficará a Escola de Bombeiros, com auditórios e salas de aula para 300 alunos, um prédio para os refeitórios e outro para o alojamento de até 280 pessoas.
Em uma área ao lado do ginásio que já existe no Cete, será erguido um complexo esportivo para os bombeiros, com piscina térmica e tanque de mergulho. Segundo o major Eduardo Estevam Camargo, engenheiro civil responsável pelo projeto, não está prevista a derrubada de árvores no terreno.
— Teremos sistemas de energia limpa, com painéis solares para o aquecimento da piscina e reutilização da água para lavar viaturas e sanitários — adianta ele.
Ainda sem previsão de início, a obra será bancada pela empresa que adquirir os terrenos do Ginásio da Brigada Militar e da atual Escola de Bombeiros, na Rua Silva Só. Nesta segunda-feira (26), o leilão para vender as duas áreas, com lance mínimo de R$ 125 milhões, terminou sem interessados – mas o plano de construir no Cete o complexo dos bombeiros segue de pé.