Depois de desistirem do evento por pressão de moradores, os bares da Padre Chagas aceitaram os apelos do poder público para ajudar na noite de Saint Patrick. A prefeitura vinha buscando formas de pelo menos minimizar os danos na região – afinal, mesmo sem um evento organizado, a rua deverá receber milhares de pessoas no próximo dia 17.
Pelo menos 15 estabelecimentos toparam bancar, senão tudo, no mínimo boa parte dos custos que o município terá com limpeza, equipamentos como cones e cavaletes, além de horas extras para Guarda Municipal e EPTC. Os comerciantes também devem contratar alguns seguranças e pagar a instalação de banheiros químicos.
Os bares ressaltam, no entanto, que não querem ser creditados como organizadores do evento. De fato, seria injusto. Depois de terem apresentado um projeto com todas as soluções possíveis para a festa de Saint Patrick – o que incluía uma robusta estrutura no valor de R$ 1 milhão, tudo arcado por patrocinadores –, os comerciantes não podem ser responsabilizados pelos problemas que certamente haverá em uma aglomeração desorganizada.
A ideia dos bares caiu por terra depois que moradores, equivocadamente, entenderam que, ao vetar a organização do evento, vetariam também a festa. Só que a festa vai ocorrer de qualquer jeito – e será bem pior.