O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, está isolado. Depois de 15 exonerações, ele é criticado pelos dois grupos que disputam poder dentro da pasta: os militares e os ex-alunos de Olavo de Carvalho.
A incapacidade do ministro em gerenciar a crise o desgasta a cada dia. A melhor saída para o MEC, portanto, seria a substituição de toda a cúpula, começando por Vélez. Para isso, o presidente Jair Bolsonaro teria que enfrentar as pressões dos olavistas, dos militares e da bancada evangélica.
Sem um plano de ação, o MEC está à deriva. E ainda enfrenta dificuldades em atrair profissionais para aos cargos que estão à disposição. Preocupado em combater o viés ideológico de esquerda, o presidente está, no momento, refém do viés ideológico dos grupos que o apoiam.
Na manhã desta quarta-feira (27), o ministro participa de audiência pública na Câmara. Vélez nega que não tenha promovido reuniões de trabalho até agora, como reclamaram pessoas que foram demitidas