Marco da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, o lugar onde Martin Luther King Jr. tombou assassinado, 50 anos atrás (a data foi lembrada no último dia 4), é ponto obrigatório para quem visita Memphis, a maior cidade do Tennessee, no sul dos Estados Unidos. O Lorraine Motel, onde o líder pacifista estava hospedado e foi atingido por um tiro, abriga desde 1991 o Museu Nacional dos Direitos Civis.
Quando visitei o museu, em 2015, ele recém tinha sido reaberto após passar por uma reforma. Diante da sacada onde o grande líder pacifista morreu, é possível voltar no tempo. Pende do balcão em frente à porta do apartamento 306, no segundo piso, uma coroa de flores, réplica da que foi colocada logo após o assassinato. Sob a sacada ficam dois carros da época, como que para representar que o tempo parou naquele instante.
A placa de mármore que eterniza sua presença _ e seu fim trágico _ é a mesma instalada no dia do crime. No pátio, em totens à disposição dos visitantes, vídeos, fotos e discursos do líder pacifista recontam sua trajetória.
Luther King estava na cidade para apoiar lixeiros, a maioria negros, em greve por melhores condições de trabalho e tinha feito um profético discurso na noite anterior à sua morte.
O que ficou preservado no Lorraine Motel está ali para lembrar toda a sua luta, que, apesar de avanços, 50 anos depois continua mais necessária do que nunca. Por isso, se você for a Memphis, não se deixe levar apenas pelo som dos bares de blues e rock e pela trilha de Elvis Presley, onipresente. Faça um roteiro pelos últimos passos de Luther King, para lembrar o que ele fez e o quanto há para caminhar.