O presidente da Argentina, Mauricio Macri, e sua colega do Chile, Michelle Bachelet, manifestaram intenção de promover uma reunião Mercosul-Aliança do Pacífico no primeiro semestre de 2017. A Aliança do Pacífico reúne Chile, México, Colômbia e Peru. Com as mudanças de rumo no Mercosul, menos ideológico e mais pragmático, essa aproximação é algo natural.
- A Aliança do Pacífico vai continuar trabalhando estreitamente com o Mercosul. Ambos os chanceleres (da Argentina e do Chile) concordaram em que, durante a Presidência 'pro tempore' do Chile, talvez no primeiro trimestre do próximo ano, tenhamos uma reunião de ministros - disse a presidente chilena, acompanhada de Macri, que confirmou o primeiro semestre como data da reunião.
- Vamos ter uma reunião (Mercosul-Aliança do Pacífico). Temos a sorte de a Argentina exercer a presidência pro tempore do Mercosul, a partir deste momento (no lugar da Venezuela, que foi suspensa) - disse Macri, acrescentando que "em médio, ou longo prazo, concordamos em que temos de convergir ambos os blocos. O quanto antes começarmos, melhor".
Macri recebeu Bachelet na residência presidencial de Olivos, em visita oficial com grande comitiva. A Argentina assumiu a presidência rotativa do Mercosul em um encontro de chanceleres em Buenos Aires. A Venezuela tentou participar à força do encontro, após a suspensão por descumprir compromissos técnicos e políticos firmados em 2012, quando entrou no bloco.
- Vemos com grande interesse que a Argentina seja parte da Aliança do Pacífico. Manifestamos isso claramente quando convidamos o presidente Macri (a participar da reunião do bloco em 1º de julho passado no Chile - disse Bachelet.
Naquele momento, Macri havia dito:
- Depois de muitos anos de uma economia fechada, temos de ir no sentido de uma transição ordenada, não crítica, para a integração do Mercosul. Espero, em breve, com a Aliança do Pacífico e, depois, com o mundo inteiro.