Os meios de comunicação na Venezuela enfrentam todos tipos possíveis de problemas em um país de liberdades restritíssimas. E a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) entrou em campo para acusar o governo chavista de provocar uma crise sem precedentes no setor.
Três jornais foram fechados: Qué Pasa, La Verdad e El Regional del Zulia. Já o Versión Final reduziu o número das duas páginas de 40 para 24.
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Há escassez de papel para a impressão dos diários e muitas restrições.
O governo, além dos problemas de divisas, decide quem pode importar papel.
Claro, os critérios não são bem claros.
Os jornais não conseguem sobreviver.
O presidente da SIP, Matt Sanders, e o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação, Roberto Rock, responsabilizaram diretamente o governo do presidente Nicolás Maduro.
"É surpreendente que, pela irresponsabilidade do governo, silenciem-se meios de comunicação", diz documento elaborado pelos dois.
Entre agosto de 2013 e novembro de 2016, 14 meios impressos deixaram de circular, quatro de maneira defintiva e 10 temporariamente.