Encontro com a indústria
No final do primeiro dia da 7ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP7), na região metropolitana de Nova Délhi, o chefe da delegação brasileira e o embaixador do Brasil na Índia reuniram-se com representantes da indústria e de produtores gaúchos, que não têm acesso à conferência por terem ligação com o setor.
– O importante é que não haja radicalismo, que encontremos um equilíbrio entre a saúde pública e a atividade econômica – disse o embaixador Tovar da Silva Nunes.
O comportamento do diplomata agradou ao setor produtivo, acostumado a ser deixado de lado em COPs anteriores.
Palco desfeito
Entidades ligadas à produção de tabaco na Índia montaram estrutura com palco e cadeiras a poucos quilômetros de onde ocorre a COP7. A ideia era que agricultores e varejistas se concentrassem no local, já que não podem acompanhar as discussões. Mas não deu certo. A polícia indiana pediu aos presentes que se dispersassem.
Brasileira no comando
À frente do secretariado da COP7, tratado internacional no âmbito da Organização Mundial da Saúde (OMS), a brasileira Vera Luiza da Costa e Silva, 64 anos, lidera as discussões relacionadas às políticas antitabagistas no mundo. A epidemiologista é conhecida por suas convicções fortes em defesa da saúde e por estilo muitas vezes irônico. Na segunda-feira, ao ser abordada por colegas jornalistas brasileiros, perguntou:
– Vocês são de Santa Cruz e Venâncio Aires, não são? Podemos conversar, mas não agora... – disse a eles, ao sair andando em meio a seguranças.