Na tentativa de afastar atravessadores do pavilhão dos produtores, onde apenas hortigranjeiros produzidos no Rio Grande do Sul podem ser vendidos, a Ceasa promete apertar o cerco à produção vinda de fora. No inverno, entressafra de pelo menos 15 produtos, estima-se que quase 70% das mercadorias comercializadas sejam trazidas de outros Estados.
– Essa prática é antiga, mas de uns quatro anos para cá notamos crescimento. Produtos são buscados fora e vendidos como se fossem daqui– conta Ailton Machado, diretor técnico e operacional da Ceasa.
A atuação ilegal tentará ser barrada com a exigência, a cada seis meses, da Declaração de Produção e Intenção de Cultivo de 15 produtos alvo dos atravessadores, como tomate,abobrinha,pimentão,pepino,moranguinho,cebola e batata. Outros produtos deverão apresentara declaração uma vez por ano.
O documento poderá ser emitido por técnicos da Emater e das secretarias municipais da Agricultura. A inspeção será feita em junho, quando é possível averiguar o tamanho da produção.
A venda de mercadorias de fora do Rio Grande do Sul no pavilhão dos produtores, o mais nobre da Ceasa, prejudica os agricultores que investem em estufas para ter o produto o ano todo e os atacadistas que atuam na Ceasa com autorização para vender hortigranjeiros de fora do Estado.
– Além de ser fraude fiscal, poiso retorno do ICMS acaba indo para municípios que não produziram esses alimentos – segundo Machado.