A pressão e as negociações de bastidores fortalecem gradualmente o processo de paz colombiano. Ontem à noite, centenas de pessoas participaram, em Bogotá, de um "beijaço pela paz" para pedir rápida solução sobre o acordo firmado entre o governo colombiano e a guerrilha das Farc, que foi rejeitado em referendo.
"Acredito ainda na paz e que este país está construindo a paz. Está se esforçando nisso. Acredito que o beijo é a melhor expressão do amor - disse à agência de notícias France Presse (AFP), Lorena Aguilar.
Reunidos na Praça Bolívar, a poucos metros do Palácio de Nariño (sede da presidência colombiana), os participantes - de distintos coletivos a favor da paz - deram beijos e abraços durante cerca de uma hora, entre gritos de "faça amor e não a guerra" ou "queremos a paz já".
Com base no acordo de paz, as partes declararam em agosto passado um cessar-fogo bilateral e definitivo, que após a derrota no referendo, em 2 de outubro, foi prorrogado pelo presidente Juan Manuel Santos até 31 de dezembro.
A Colômbia vive um conflito armado há mais de 50 anos envolvendo guerrilhas, paramilitares e agentes da força pública, que já deixou 260 mil mortos, 45 mil desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados.