Vejam só que bacana esta nova tendência de respeito às diferenças.
Uma das danças mais sensuais do mundo, o tango, cruza fronteiras sem papeis estabelecidos na Argentina. Casais homossexuais exploram o ritmo que ganhou até um nome: queer tango. O que vale não é o gênero, mas o sentimento.
Diz Yuko Artak, professora de tango queer, ouvida pela agência de notícias AFP:
- O tango é composto pela forma de bailar de uma dupla homem-mulher, onde fica estipulado que o homem tem o papel de conduzir, e a mulher de ser conduzida. Não há inversão nisso. O tango é o reflexo da sociedade. É um código social. As pessoas vêm ao tango gay para buscar justamente uma abertura desse código. Uma situação plural de troca de papeis.
Liliana Chenlo, professora de tango queer, também ouvida pela AFP:
- A cabeça de muita gente é um pouco fechada para o tema. Mas a questão é somente entender a variação deste sentimento do tango. Um balé no qual não importa quem se abrace, homem ou mulher, não faz diferença o sexo da pessoa na dança, mas sim o sentimento que brota com o tango.
O que têm a dizer Alex e Nacho, alunos do tango queer?
- Há gente que se esquiva do tango por causa do papel desempenhado. Um dos pares não quer expor a masculinidade à força... foi muito bom deixar isso de lado e enxergar tudo como movimento e não como convenção.
É isso aí!