Nílson Souza
Em 2050, os humanos se tornarão imortais – previu recentemente o respeitado cientista e futurólogo britânico Ian Pearson, respaldado pelos avanços da medicina e da tecnologia no tratamento de doenças consideradas incuráveis. Cruzo essa ousada previsão com uma notícia da semana passada envolvendo outro cientista, o espanhol Juan Carlos Izpisúa, que anunciou a criação em laboratório de uma quimera – um ser híbrido de macaco com humano. A justificativa da assustadora experiência é das mais nobres: a transformação de animais em fábricas de órgãos para transplantes, mediante implantação das nossas células-tronco em embriões de bichos compatíveis com a espécie sapiens.
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