Nílson Souza
O estelionatário que hackeou autoridades da República cometeu crimes inquestionáveis que os hackeados ainda estão tentando tipificar melhor com o propósito de agravar sua punição, mas também prestou um serviço a todos nós – ingênuos usuários da comunicação digital. Se antes da era dos smartphones se dizia que o peixe morria pela boca, com o significado que todos conhecemos, agora ninguém mais pode ter dúvida de que as reputações também morrem pela ponta dos dedos. Tudo o que transmitimos, mesmo em trocas de mensagens reservadas, fica gravado em algum lugar do ciberespaço com as nossas impressões digitais e pode ser recuperado com meia dúzia de cliques por um delinquente fanfarrão, estágio de sofisticação tecnológica não muito acima do adolescente com espinhas ironizado pelo ministro Moro.
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