Em tempo de guerra, a mentira é como terra. Em tempo de eleição, quase tudo é ficção. A própria democracia passa a ser relativizada, como, aliás, já o fez Millôr Fernandes em sua bem-humorada definição: "Democracia é quando eu mando em você; ditadura é quando você manda em mim". Pois bem, este complicado momento da vida nacional, em que a mentira passou a ser utilizada abertamente como arma de persuasão e até mesmo de atemorização, me faz lembrar o belo ensaio do escritor Mario Vargas Llosa cujo título tomo emprestado para esta crônica.
A verdade das mentiras
Pior do que ser enganado é querer ser enganado
Mesmo a mais descarada das mentiras contém alguma verdade, nem que seja a revelação implícita da índole e do caráter de quem a elaborou e divulgou