A intervenção federal no Rio de Janeiro dá alguma esperança aos oprimidos pela violência (todos nós), desconcerta a oposição e envolve as Forças Armadas nos problemas da vida real, mas também, de alguma forma, na guerra política pelo poder. Foi, aparentemente, um golpe de mestre de um governo inepto para promover reformas e enrolado em suspeitas de corrupção. No mínimo, um esperto golpe de marketing: vira a pauta da fracassada reforma da Previdência e oferece uma bandeira palatável para o impopularíssimo ocupante do Palácio do Planalto terminar seu mandato. Mas inclui riscos tão grandes, que o próprio presidente da Câmara, o chileno Rodrigo Maia, buscou uma definição original para a manobra:
Intervenção
Salto triplo
Não há sentinelas suficientes para guarnecer cada esquina do país
Nílson Souza
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