Dorival Júnior tem crédito recente na carreira para usar 22 jogadores diferentes no time titular em dois jogos, e nem assim Endrick aparecer entre eles. Discordo, o jovem deveria ter começado contra os Estados Unidos. Mas entendo zelo do treinador com a joia palmeirense.
O atacante já provou ter maturidade como ímã de suas grandes qualidades precoces. Porém, Dorival parece preocupado em evitar fumaça colorida e perfume em torno do jogador. Quando falo em crédito do treinador em cenas como esta, estou lembrando do lançamento bem-sucedido de Neymar e Ganso no Santos campeão da Copa do Brasil em 2010.
Também reforço o episódio em que Neymar e depois Ganso confrontaram Dorival. Esta é a experiência que mede para o treinador a velocidade para lançar fora de série.
Para começar a Copa América, creio que Endrick estará entre os 11 ao lado de Rodrygo e Vinicius Junior. Andreas Pereira deve tomar o lugar de um abalado Lucas Paquetá. De resto, fará pouca diferença quem seja titular ou reserva nas outras posições.
Temos excelentes e jovens jogadores a disputar as outras vagas. A esperança é de que Vinicius Junior se sinta jogando todo de branco na Seleção. Se acontecer, o Brasil finalmente ganhará um protagonista enquanto aguarda Neymar decidir o que quer fazer da sua vida profissional até 2026.
A Seleção está no rumo certo com Dorival Júnior. É o máximo elogio que posso fazer nesta véspera de Copa América que tem a atual campeã Argentina como maior favorita.