Faltavam poucos minutos para o fim, e a torcida do Caxias sentiu a exaustão do seu time em campo. Então, começou a gritar a plenos pulmões para que os jogadores sentissem uma energia nova e definitiva que os levassem além na conjugação do verbo defender.
O Grêmio ficou com um a mais na infantil expulsão do experiente Moacir muito cedo no segundo tempo. Mas Renato Portaluppi não tirou um volante por um atacante. Estrategicamente, pareceu satisfeito em levar para a Arena e seu efervescente ambiente a decisão do título.
Antes do intervalo, o Grêmio obrigou Bruno Ferreira a pegar até pensamento. O Caxias não fez o gol e, de propósito, recuou. Na verdade, foi empurrado para trás pela atitude forte da reação gremista. Mesmo que longe do seu melhor desempenho, o Grêmio esteve sempre mais perto de empatar e virar no 11 contra 11. O Caxias chegou a ter a bola do jogo com Peninha antes de sofrer o empate no fim do primeiro tempo. O 10 deveria ter entrado na área com a bola, preferiu tentar o golaço.
Só nos acréscimos o Grêmio empatou. Ao ficar com um a mais, o Tricolor passou a jogar menos do que antes. Não correu mais riscos, quase fez o gol da virada já tendo Zinho no campo.
Ao fim e ao cabo, o empate deixa o Grêmio ainda mais favorito pelo ambiente da Arena, mas o Caxias que vai a Porto Alegre passou todo Gauchão sem perder fora de casa. Volta o segundo volante titular, Vini Guedes, e talvez Diego Rosa perca lugar no time porque não vive bom momento. O Grêmio não deverá ter Pepê ainda, mas a moldura do estádio cheio, com a maior qualidade do time e do elenco, devem confirmar o título do Grêmio.