O domingo (5) de luxo traz Brasil versus Argentina, em São Paulo, com o time de Tite descortinando o Qatar logo ali. A vitória em Santiago sinalizou um Brasil amadurecido, capaz de enfrentar cenários duros e superá-los. Quando não dá para jogar o futebol ideal, o time brasileiro está jogando o melhor futebol possível.
Tite mexeu no intervalo contra o Chile e corrigiu defeitos. Gerson e Everton Ribeiro pedem titularidade por desempenho. São candidatos ao entorno de Neymar. Aliás, só Neymar é certo do meio para frente. O grande trunfo do técnico brasileiro é poder procurar a melhor formação sem se preocupar se estará na Copa ou não. É certo que sim.
Tite conseguirá montar uma equipe competitiva no nível dos principais candidatos europeus. E a Argentina evolui rapidamente para se estabelecer candidato também. Messi tem bons parceiros, De Paul elevou o nível no meio-campo e a confiança desde a conquista da Copa América encorpou.
Do lado de lá do oceano, França e Itália empataram seus jogos de Eliminatórias. A Espanha perdeu. Inglaterra e Portugal venceram, a Bélgica goleou. A Copa já começou no sentido de aparentar favoritos. Ao mesmo tempo, sobra tempo até novembro de 2022 para uma guinada acima ou abaixo. Para uma campanha desandar ou ressurgir.
O Brasil não fará time de craques tal como conhecemos nos cinco títulos do penta. Ninguém fará. O provável campeão será homogêneo como a França na Rússia ou a Itália na recente Eurocopa. Craques serão sempre bem-vindos, mas rareiam no padrão anteriormente estabelecido. Restam Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar, entra nesta pequena lista Mbappé. Os que chegam, como De Bruyne, são de outra linhagem. Brilham menos, agregam mais. Será uma Copa extraordinária e imprevisível. Mas antes tem Brasil x Argentina.