Além do indiciamento sobre a tentativa de golpe de Estado, que deve ser formalizado pela Polícia Federal (PF) nesta semana, o ex-presidente Jair Bolsonaro já foi indiciado em outras duas investigações.
Bolsonaro indiciado pela terceira vez
Em julho, foi apontado como um dos autores de crimes no inquérito sobre a apropriação e venda de joias milionárias recebidas da Arábia Saudita. Em março, já havia sido indiciado pelo uso de comprovante falso de vacina contra a covid.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda analisa o material dos primeiros indiciamentos.
A tendência é de que a decisão sobre denunciar ou não o ex-presidente ocorra somente no ano que vem.
Não está descartada que haja uma acusação única reunindo elementos dessas três investigações e de outra apuração que envolve o uso de uma Abin paralela para investigar adversários políticos.
Até agora, o caso considerado mais grave pelos investigadores envolvia a venda de joias, que gerou indiciamento por peculato (apropriação de bens públicos), associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Contudo, o plano para rompimento do regime democrático após a derrota nas urnas, em 2022, tem potencial de se tornar a principal acusação contra o ex-presidente.
A PF está convicta de que dará à PGR elementos para sustentar uma denúncia robusta contra Bolsonaro, ministros de seu governo, como o general Braga Netto, militares e outros servidores públicos.