Prefeitos gaúchos que vieram a Brasília em busca de socorro financeiro fizeram uma manifestação nesta quarta-feira (3) na rampa do Palácio do Planalto. Com uma bandeira do Rio Grande do Sul em punho, eles cantaram o hino do Estado e chamaram atenção para as perdas de arrecadação causadas pela enchente.
Representantes dos municípios tiveram audiências com ministros e auxiliares do governo Lula, além de lideranças no Congresso. A recomposição de receita é urgente, segundo os prefeitos, para a garantia de serviços básicos e para o enfrentamento de despesas extras provocadas pelas cheias.
— Cada município tem uma realidade, mas a grande maioria pode sofrer para garantir serviços essenciais, como saúde e recuperação de infraestrutura. O dinheiro que estava todo organizado no caixa agora é voltado para recuperar a cidade — argumentou o prefeito de Guaíba e presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), Marcelo Maranata.
O governador Eduardo Leite também participou de audiências em Brasília para tratar de providências para reconstrução do Estado, e reforçou o apelo por socorro financeiro da União. A perda de ICMS, que passa de R$ 1,8 bilhão nos meses de maio e junho, tem impacto no Piratini e nas prefeituras. Os prefeitos ainda pedem recomposição de ISS e um acréscimo no Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
— Alertamos que precisamos ter um retorno do que pode ser atendido imediatamente, ou um prazo para dar informação — disse o presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Marcelo Arruda.
Senadores, deputados federais e estaduais do Rio Grande do Sul participaram de audiências com os prefeitos e reforçaram as cobranças à União, com o argumento de que as medidas implementadas até agora não são proporcionais aos danos causados pela enchente.