O presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu o martelo nesta quarta-feira (3) sobre o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) — ministério que ficou em evidência após os atos golpistas de 8 de janeiro. A pasta será comandada pelo general Marcos Antônio Amaro dos Santos, segundo duas fontes revelaram à coluna.
A decisão ocorreu em reunião ocorrida pela manhã entre Lula, Amaro e o ministro da Defesa, José Múcio. A escolha de Amaro já era cogitada nos bastidores. O militar foi responsável pela segurança da ex-presidente Dilma Rousseff e comandou a Casa Militar no governo dela.
O general Amaro assumirá a cadeira deixada pelo general Gonçalves Dias, que pediu demissão no dia 19 de abril após a divulgação de imagens dos ataques de 8 de janeiro. Na ocasião, ele aparenta não reagir à ação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que invadiram e depredaram as sedes dos três poderes.
Desde a saída de Gonçalves Dias, o GSI está sob comando interino de Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e ex- interventor de segurança do Distrito Federal após os atos de janeiro.
Lula chegou a ser orientado por uma ala de seus auxiliares a colocar um civil no comando do órgão, cuja estrutura é toda militar. Mas decidiu não romper a tradição e deixar a pasta nas mãos de um general do Exército.