Depois de muito palavrório do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre o horário de verão, o governo Lula decidiu acender uma vela para São Pedro. Vai confiar que os céus proverão a energia necessária até as águas de março.
Conforme o ministro, há avaliação de "melhora no cenário de chuva e dos reservatórios das hidrelétricas". Parte dessa melhora tem respaldo científico: o fenômeno La Ninã, que deveria estar começando, ainda não se caracterizou.
Parte parece ser pensamento mágico: deixe os relógios sem alteração que ela (a chuva) virá. Pode ser que venha? Pode. Mas também pode que não.
O resultado pode não ser o temido racionamento, mas um impacto poderoso no bolso do contribuinte, que em cenário de seca prolongada terá de pagar pelo acionamento das usinas térmicas necessárias - como, aliás, paga por tudo conforme as regras do setor elétrico.