Mesmo com o drama gerado pelo ataque pesado de Israel em "zona humanitária segura" na Faixa de Gaza, o preço do petróleo desabou nesta terça-feira (10).
O tipo brent, que serve de referência global, despencou 3,24%, para US$ 69,51. É a primeira vez que o barril é cotado abaixo de US$ 70 desde dezembro de 2021, portanto o menor valor em 33 meses.
O que provocou tamanha variação, mesmo com recrudescimento do conflito, foi uma revisão nas previsões de demanda na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para este ano e o próximo.
Conforme a Opep, a demanda por petróleo vai diminuir de 2,11 milhões de barris por dia (bpd), conforme previsão anterior, para 2,03 milhões de bpd neste ano. Essa previsão era mantida desde julho de 2023. A organização também cortou a estimativa de 1,78 milhão de bpd para 2025 para 1,74 milhão de bpd.
Caso os valores se mantenham nessa faixa, a Petrobras poderá reduzir os preços dos combustíveis no Brasil. A gasolina havia subido em 9 de julho, quando a cotação estava em US$ 83,20. Mesmo com a alta do dólar - nesta terça, subiu 1,3%, para R$ 5,655 -, ainda sobra espaço na diferença de 16,5% entre os preços do barril.
Maiores produtores de petróleo
Por participação na produção global
1. Estados Unidos 18,9%
2. Arábia Saudita 12,9%
3. Rússia 11,9%
4. Canadá 5,9%
5. Iraque 4,8%
6. China 4,4%
7. Emirados Árabes 4,3%
8. Irã 4,1%
9. Brasil 3,3%
10. Kuwait 3,2%
Fonte: US Energy Information Administration (EIA)