Três gaúchos comandam uma das mais conhecidas marcas de cosméticos do país, a Lola From Rio. A empresa foi criada em 2011 no Rio de Janeiro — como o nome indica. No entanto, também tem seus pés "from outro Rio", o Grande do Sul. Os sócios Dione e Jaqueline Vasconcellos e Milton Taguchi nasceram em São Leopoldo.
O empreendedores já tiveram uma franquia em Portugal. Alavancaram seus negócios no Brasil, inicialmente com a Lola Cosmetics. Desde o ano passado, porém, a marca atende por Lola From Rio.
Segundo o diretor de operações, Pedro Taguchi, a mudança permite que a empresa amplie as linhas para além dos cosméticos e consolide as vendas no mercado externo. A Lola From Rio exporta para cerca de 30 países, como Argentina, México, Estados Unidos, Portugal e Austrália.
Os produtos mais vendidos no Brasil e no Exterior são os itens para tratamentos capilares. Incluem linhas com nomes curiosos, como Morte Súbita, para hidratação, e Rapunzel, para estimular o crescimento dos cabelos.
— O mercado de cosméticos é dominado por multinacionais, com produtos em tonalidade mais monótona. Temos uma marca com brasilidade mais forte, bastante cor e comunicação despojada, próxima ao consumidor — afirma o diretor de operações, acrescentando que Dione é a "mente criativa".
Os nomes curiosos e com humor também são adotados em linhas como "Eu Sei o que Você Fez na Química Passada", "Meu Cacho, Minha Vida" e "Exterminador de Frizz".
Os produtos vão desde condicionadores e xampus até máscaras e finalizadores para cabelos. Itens para cuidados corporais e para casa também fazem parte do cardápio da Lola From Rio.
No último semestre, a empresa aumentou em 80% as vendas no Exterior. Taguchi prevê triplicar o faturamento com exportação até dezembro de 2025. Hoje, o setor representa 12% da receita da Lola From Rio.
A marca tem cerca de 25 mil pontos de vendas no mundo, incluindo farmácias, perfumarias, lojas de departamento, mercados e e-commerce. No Rio Grande do Sul, planeja crescer no Interior, Litoral e Serra no próximo ano.
*Colaborou João Pedro Cecchini