O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
“Todas as energias na reconstrução”. A frase serve de mote para um extenso programa, lançado nesta segunda-feira (12), pelo Sindinergia-RS, para tornar o RS autossuficiente em geração de energia elétrica.
Atingir a meta, significaria colocar em prática investimentos privados – sem ajuda de governos – na ordem de R$ 14 bilhões, com potencial para ciar cerca de 10 mil empregos apenas no processo de implantação e limpar ainda mais a matriz energética gaúcha, que já é menos poluente do que média do restante do país.
Atualmente, o Estado importa de outras unidades da federação um terço de sua demanda interna, o que equivale a 3 gigawatts (GW). Com o programa, em curto prazo, seria possível ampliar a capacidade de inserção da geração do Estado na rede de transmissão do Sistema Integrado Nacional (SIN) dos atuais 3,8 GW para 8 GW. Isso está previsto para o prazo de dois a cinco anos.
Mas a melhor notícia é que se trata de algo viável, porque a maioria dos projetos já existe. Alguns estão em estágio avançado de licenciamento. Mas por que não saiam do papel antes? A presidente do Sindienergia-RS, Daniela Cardeal, explica que por duas razões: demanda e condições de financiamento.
Na primeira, um mapeamento da Secretaria do Meio Ambiente (Sena), identificar a necessidade. A ideia é fortalecer conexões de rede em duas regiões, hoje, sem infraestrutura: a do pampa, entre Lavras do Sul e Dom Pedrito, e a Fronteira Oeste.
Na segunda, a possibilidade de acessoa a fundos de financiamento, alguns, atualmente, só permitidos aos Estados do Norte, Nordeste e Centro Oeste tendem a destravar os investimetos. Hoje, enquanto os juros pagos em empréstimos nessas unidades fica em média 11% ao ano, por aqui, podem chegar a 20%.
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