Na segunda-feira (22), a virtual candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, seguiu o manual ao não tocar em temas políticos na primeira aparição pública na Casa Branca depois da retirada do presidente Joe Biden.
No final do dia, no comitê de campanha, avisou que as contas pessoas do ex-presidente Donald Trump, já na corrida sucessória, vão virar tema de campanha.
Ao mencionar seu passado de promotora na Califórnia, a atual vice-presidente disparou:
— Enfrentei criminosos de todos os tipos (pausa dramática). Predadores que abusaram de mulheres. Fraudadores que roubaram consumidores. Trapaceiros que violaram as regras em benefício próprio. Então, acreditem quando digo que conheço o tipo de Donald Trump.
A reação positiva da claque à declaração foi tamanha que ela repetiu, palavra por palavra, no primeiro contato direto com possíveis eleitores na tarde desta terça-feira (23) em Milwaukee. A agenda foi no Estado de Wisconsin, considerado um dos capazes de definir a eleição, por ser um "swing state", que alternam maiorias democratas e republicanas.
Em poucas palavras, sem acusações diretas, listou alguns dos temas pelos quais o virtual adversário enfrenta 91 acusações em quatro processos criminais. Além do caso em que foi condenado em 34 acusações criminais, existe um que desafia a relação de um chefe de Estado com cidadãos e contribuintes.
Trump é investigado pelo Internal Revenue Service (IRS), equivalente à Receita Federal no Brasil por fazer uma manobra contábil para reivindicar deduções fiscais indevidas em uma de suas construções em Chicago. A dívida é avaliada em US$ 100 milhões (cerca de R$ 560 milhões na cotação atual).
Leia mais na coluna de Marta Sfredo