Com seu primeiro empreendimento de altíssimo padrão todo vendido e quase pronto para ser entregue, a Melnick prepara outro projeto com apartamentos que chegam à casa de dois dígitos de milhões. Os preços dos andares médios ficará ao redor de R$ 8 milhões.
Será o Zayt, "irmão" do Teená, que tem a maior unidade habitacional vertical de Porto Alegre. Desta vez, o atrativo que será erguido na Rua Carlos Trein Filho não será o tamanho, mas o formato: dois terços dos apartamentos terão "cobertura horizontal", ou seja, só os terraços terão entre 80 e 100 metros quadrados. A média das unidades é de 500 metros quadrados.
O quebra-cabeça arquitetônico e de engenharia para colocar essa proposta na ponta do lápis, com qualidade e segurança, fez com que ainda não esteja disponível a imagem definitiva da fachada. Está nas mãos do arquiteto Arthur Casas, que estaria transformando as colunas que vão sustentar as estruturas em "obra de arte", conforme CEO da incorporadora, Leandro Melnick:
— Definimos na semana passada.
O empresário afirma que o Zayt pretende ser um marco na arquitetura de Porto Alegre. Para garantir essa característica, diz Melnick, foram comprados 11 terrenos ao lado do que abriga a residência que nesta primavera abriga a Casa Cor. Na área resultante de 7 mil metros quadrados, a escolha foi fazer apenas uma torre, de 20 andares, em vez das duas "potenciais", para permitir a estrutura com "coberturas" em quase todos os apartamentos.
— Se existe alguma coisa semelhante no mundo, eu não conheço — diz o empresário para reforçar a exclusividade do imóvel.
Como o convite para o pré-lançamento, na noite de terça-feira (3), mencionava "altíssimo padrão", a coluna quis saber o que é isso. Segundo Melnick, é uma escala acima à do cultuado Hotel Fasano que a Even - construtora paulista que tem controle gaúcho, com participação dos Melnick - ergueu em São Paulo. E "cabe" tanto projeto para orçamentos muito robustos em Porto Alegre?
— São projetos que não podem ser feitos em intervalos muito curtos, mas a cada cinco ou sete anos. Lançamos o Teená e vendemos tudo. Agora, ainda antes do pré-lançamento, já temos muitas reservas. Quando fomos para a prancheta, pensamos no que mudou nos últimos anos. A resposta foi fácil, a pandemia. As pessoas passaram a valorizar mais espaços abertos, e o modelo horizontal permite desfrutar mais desses terraços.