Estreia neste mês nos Estados Unidos, o FedNow, um sistema de pagamento instantâneo igualzinho ao Pix. Detalhe: no país que exporta soluções para o mundo, especialmente no mercado financeiro, a ferramenta começa a operar quase três anos depois de ser adotado no Brasil, em novembro de 2020.
E há mais em comum entre o Pix e o FedNow: a empresa que vai operacionalizar o sistema para o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) é a C&M Software, provedora de serviços de tecnologia da informação, uma das empresas autorizadas a transacionar o Pix no Brasil.
São meras coincidências? Segundo a C&M, não: o sucesso do Pix no Brasil acelerou o processo de adoção de pagamentos instantâneos com passagem por bancos centrais não só nos EUA, mas em vários países da América Latina e no Canadá, onde a empresa já tem "conversas avançadas" para implantação do sistema. A empresa é uma multinacional 100% brasileira que começou a operar nos EUA em 2013.
— O Pix é um sucesso no Brasil, isso claramente desperta o interesse de outros países no sistema. A C&M Software se qualificou no Fed como software publisher e service provider, o que significa que, além de estarmos certificados a homologar a nossa solução de software para o mercado de pagamentos instantâneos, também somos certificados para efetuar o processamento independente das transações dos nossos clientes. Esse foi um processo desafiador que levou quatro anos — diz Daniela Machado, diretora global de marketing e produtos da C&M Software.
No Brasil, o Pix já tem 150,5 milhões de usuários, que em maio movimentaram R$ 1,3 bilhão por pagamentos instantâneos. Em menos de três anos, tornou-se o principal meio de pagamento do pais, respondendo por 29% das operações, enquanto outros 20% são por cartão de crédito, 19% por cartão de débito, 11% por boleto e 9% de transações pré-pagas.