Caso se confirme a retomada de interesse em explorar petróleo no litoral gaúcho devido à identificação de três blocos na Bacia de Pelotas, no Uruguai, o acesso pode ser facilitado: desde 2020, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) adotou a chamada "oferta permanente".
Nesse modelo, áreas com "acumulações marginais" - sem comprovação de grande volume potencial - podem ser licitadas sempre que houver manifestação de interesse de um investidor. Esse espécie de "fast track" vale inclusive para os que tenham sido devolvidos ou rejeitados em leilões já realizados, como é o caso de alguns mapeados pela agência reguladora na costa gaúcha.
Embora o anúncio da petroleira Challenger Energy de identificação de três áreas no Uruguai com volume recuperável de óleo estimado de 1 bilhão a 2 bilhões de barris (para saber mais, clique aqui) possa dar outra luz à Bacia de Pelotas, isso não significa que não exista o risco de investir sem encontrar resultados.
Mesmo a identificação no Uruguai ainda demanda mais investimentos até que se comprove rentável. Além disso, os investimentos em exploração e produção se tornaram mais seletivos nesse período em que as empresas são demandadas para investir em energias renováveis. E apesar de todas essas condicionantes, um fato é indiscutível: há potencial de que a Bacia de Pelotas - fora da área do pré-sal - tenha sua primeira grande acumulação dimensionada. E esse é um fator de mudança de jogo.