Um dia depois da publicação dos resultados do primeiro trimestre da Frasle Mobility, uma análise do time de análise da XP Investimentos veio vários tons acima do habitual: "Boa demais para não prestar atenção", cravou Lucas Laghi, analista de bens de capital da gestora.
Como se fosse pouco, ainda elevou a recomendação de compra das ações da empresa que é parte do grupo agora chamado Randoncorp. A justificativa? "Um conjunto impressionante de resultados" nos três primeiros meses do ano.
Conforme o analista, o lucro operacional (indicador ebitda, que considera o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) informado no trimestre ficou 41% acima das expectativas. A Frasle reportou na véspera números recordes: R$ 838,8 milhões de receita líquida consolidada, alta de 19% na comparação com os mesmos meses de 2022. E ebitda de R$ 177,1 milhões, 67% acima de igual trimestre do ano anterior. O lucro de R$ 90,4 milhões foi 224,4% superior ao do primeiro trimestre de 2022.
Um dos pontos destacados pela XP é o que chama de "contraciclicidade de receita", o que considera "um modelo de negócios escasso em meio às empresas listadas". Calma que a coluna explica: assim como produz peças para equipamentos novos, demanda que aumenta quando a economia cresce, também fabrica peças de reposição, cujo consumo se eleva em períodos mais difíceis. Daí a característica de ser "contracíclica", ou seja, que pode ser beneficiada mesmo quando a média não é.
Ainda segundo a XP, a "posição confortável de balanço da Frasle" permite "potenciais M&As como opcionalidades". Ou seja, vê espaço para novas aquisições além das várias já feitas pela empresa nos últimos anos.