A empresa responsável pela montagem do Monitor da Estiagem, plataforma do governo do Estado que permite melhor acompanhamento dos dados, não descarta uma evolução da ferramenta na direção da tentativa de prever com mais precisão eventos climáticos severos.
Segundo Venicios Santos, diretor de negócios da Codex, o trabalho neste momento foi aprimorar a ferramenta por meio da simplificação e da democratização do acesso às informações e das iniciativas do Estado para enfrentar a situação.
A coluna, que vem insistindo há meses que o Rio Grande do Sul precisa deixar de ser chuva-dependente, quis saber que essa etapa - necessária, mas não suficiente -, pode evoluir, e Venicios confirmou:
— O Monitor da Estiagem já tem análise climática atualizada duas vezes ao dia e dados históricos sobre as secas no Rio Grande do Sul. Esse é um passo essencial para a análise. Mas é possível, sim, evoluir para uma visão de cenários preditivos.
A Codex tem contrato, resultado de licitação anterior, com a Secretaria do Meio Ambiente e de Infraestrutura (Sema). Cada novo projeto só necessita, conforme Venicios, de uma ordem de serviço para fazer a execução. A empresa também presta serviços ao Ibama e a outras secretarias estaduais, como as de Paraná, São Paulo e do Distrito Federal.
— Em 2022, participamos pelo segundo ano consecutivo com o governo gaúcho das conferências do clima e pensamos em projetos para mais adiante, para ter ações de resposta rápida. Mas era preciso passar pela etapa de consolidação de dados em uma ferramenta pública, hoje muito demandada inclusive por bancos e seguradoras para avaliar risco nas operações de crédito. Essa plataforma tem o intuito de permitir a tomada de decisão orientada a dados. Com a implantação pelo governo, vai dar mais celeridade à análise de cenário — afirma Venicios.
Enquanto não se encontra a tecnologia para fazer chover, prevenir novas estiagens é o um passo que precisa ser acelerado no Estado.